Estresse – O que é e como lidar com ele
O Estresse é um dos mecanismos de defesa que o processo evolutivo fez a espécie humana desenvolver. Os primeiros seres humanos que habitaram a Terra (e dos quais todos descendemos) só puderam sobreviver porque seus organismos foram capazes de responder de forma eficiente a fatores que representavam ameaças às suas vidas. Essa resposta do organismo é o estresse.
O estresse e sua função
Todos os processos que acontecem no corpo humano têm como finalidade a sobrevivência do indivíduo. Mesmo os processos desagradáveis têm seus benefícios. Como a febre, que é um indício de infecção; ou uma dor no braço esquerdo, que pode indicar ataque no coração; o simples ato de espirrar, que pode impedir a entrada de um alérgeno no corpo através da respiração; a tosse, que expele algo que esteja nos pulmões ou na iminência de entrar neles e muitos outros exemplos.
Os malefícios do estresse são causados, na verdade, pelo estilo de vida do homem moderno, não por seu mecanismo em si.
As ameaças que o ser humano sofria há milhares de anos não são as mesmas que sofremos hoje, porém, a forma como nosso corpo reage a elas continua a mesma; nossa espécie, como parte integrante da natureza, evolui em ritmo muito mais lento do que a forma como o ser humano escolhe viver. Por esta razão, o estresse é um dos grandes problemas com os quais temos de aprender a lidar.
O estresse é um mecanismo de defesa
Diante de uma ameaça, nosso corpo está programado para enfrentar a situação ou fugir dela. Se pensarmos na vida que os homens tinham nos primórdios de sua existência, quando um possível ataque de um animal, por exemplo, era um risco constante, qualquer das alternativas demandaria mais energia do que o gasto usual.
Toda a preparação do corpo para esse gasto repentino maior de energia, garantindo a sobrevivência, é o que caracteriza o Estresse.
A fisiologia do estresse
Todas as reações que compõe o quadro de estresse têm início com a produção de certos hormônios, chamados de hormônios do estresse.
É importante ressaltar que a ação desses hormônios só causa males à saúde quando produzidos em excesso, devido ao Estresse constante, e que o Estresse continua a funcionar como um mecanismo de sobrevivência, sem o qual não poderíamos viver.
Todos já ouvimos histórias de feitos que pareciam humanamente impossíveis, como o caso em que uma mulher foi capaz de levantar um carro para salvar seu filho do esmagamento. O estresse possibilitou que, momentaneamente, ela tivesse mais força, energia, pudesse ignorar a dor e não parasse para pensar se aquilo era prudente ou não.
Endorfina, adrenalina e cortisol
Desequilíbrios constantes no nível de endorfina podem levar à depressão. No passado, por sua ação analgésica, a endorfina poderia possibilitar uma fuga, mesmo que houvesse algum ferimento grave e bastante doloroso. Muitas vítimas de acidentes graves relatam que só sentiram a dor de seus ferimentos depois de algum tempo; o tempo em que dura o efeito da endorfina.
A adrenalina acelera o ritmo cardíaco, aumenta a pressão arterial, eleva o nível de açúcar no sangue e faz com que a circulação nos braços e pernas seja favorecida. Tudo isso fornece recursos para que o corpo realize tarefas que normalmente talvez não fosse capaz de realizar. Para lidar com as situações estressantes da vida moderna, como perder um voo ou ser demitido, o corpo não precisa de nada disso; sem função prática essa adrenalina liberada no sangue pode causar:
-hipertensão arterial;
-Diabetes tipo 2;
-aumento do colesterol ruim;
-problemas digestivos;
-tremores nos braços e pernas;
-ataques do coração;
-AVC.
Há também o cortisol, o hormônio que nos faz despertar quando amanhece (porque nossos olhos, mesmo fechados, percebem a luz), que possui ação anti-inflamatória. Porém, o excesso de cortisol causa prejuízos ao sistema imunológico, deixando o indivíduo mais vulnerável a vírus, bactérias, fungos etc.
Ataques de pânico
A adrenalina acelera o coração, responsável por levar oxigênio aos órgãos e tecidos e recolher o gás carbônico. Com a circulação acontecendo mais depressa, o corpo precisa que os pulmões também trabalhem mais depressa, para suprir essa necessidade maior de oxigênio.
Numa situação de estresse em que não há necessidade de maior gasto de energia, como alguém quase bater no seu carro ou roubar sua carteira, a respiração num ritmo acelerado pode desencadear um ataque de pânico (outro dos mecanismos de defesa que teve importância diminuída pelo estilo de vida moderno).
Diabetes tipo 2
A adrenalina causa elevação do nível de glicose no sangue; o estresse do dia a dia provocando esse aumento repetidas vezes e sem necessidade, pode desencadear o desenvolvimento de diabetes tipo 2 em indivíduos que tenham predisposição genética.
Colesterol
O colesterol é também liberado na corrente sanguínea, pelo fígado, em caso de Estresse, como forma de fornecimento de energia extra para os braços e as pernas. Novamente por conta do estresse do dia a dia, essa liberação ocorre sem finalidade e o colesterol se acumula dentro dos vasos sanguíneos.
Como lidar com o estresse
A melhor forma de lidar com as doenças que podem ser provocadas pelo estresse é procurar evitar que elas se desenvolvam. Não há como simplesmente evitar as situações estressantes, portanto, ao perceber sintomas de estresse, deve-se buscar fazer algumas alterações no estilo de vida, como por exemplo:
-controlar a alimentação, de preferência com a ajuda de um especialista, nutricionista ou nutrólogo;
-buscar descanso não só para o corpo, mas também para a mente, nos momentos de folga ou nas férias;
-praticar algum esporte; além dos benefícios para o corpo, já foi comprovado que a prática de exercícios físicos ajuda a evitar e a combater a depressão;
-dedicar-se à família e aos amigos;
-ter uma fé, independente da religião, também já foi comprovado ser positivo para a saúde;
-ter um hobby, alguma atividade prazerosa que não esteja ligada ao trabalho.
-não hesitar em procurar ajuda quando necessário, seja ela profissional, médica ou pessoal.
Algumas dessas dicas estão voltadas especificamente para a saúde do corpo, mas lembre-se que o estresse tem implicações emocionais também bastante fortes. Atividades como dedicar-se a um hobby ou viajar nas férias parecem coisas pequenas diante do controle da alimentação ou do check-up anual com o médico, mas são essas as atitudes que nos mostram os significados mais amplos da vida, nos fazem reavaliar prioridades, desenvolvendo a inteligência emocional; aprender a administrar as emoções é o mais próximo que se pode chegar da cura do estresse crônico.
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