Saúde 08/02/2016

Diabetes Tipo 1

O Diabetes ou Diabetes Tipo 1 é uma variação do Diabetes mellitus que é uma doença autoimune que traz como consequência o extermínio das células beta que se encontram no pâncreas e que são responsáveis pela produção de insulina no corpo.

Na atualidade um número de aproximadamente 5 a 10% da população mundial que possui Diabetes é acometida pelo Diabetes Tipo 1 prevalecendo em alguns países da Europa. Aqui no Brasil a incidência é de aproximadamente 7 pessoas com a doença para cada 100 mil habitantes.

A maioria dos casos desse tipo de Diabetes é diagnosticada em crianças e jovens adolescentes, por esse motivo, antigamente era também conhecida como Diabetes juvenil. Os pacientes com faixa etária menor que adquirem o Diabetes Juvenil também ficam dependentes da insulina a vida toda.

A diferença do tipo 1 para o tipo 2 está justamente na produção de insulina pelo corpo. Os portadores do tipo 2 não deixam de produzir a substância totalmente, ela é produzida de forma bem reduzida. Já as pessoas acometidas pelo tipo 1 não conseguem produzir quantidade alguma da mesma. Então, resumidamente, a Diabetes é provocada pela ineficiência do corpo na produção de insulina.

O que é insulina?

Bem, a insulina é um tipo de hormônio imprescindível que trabalha captando a glicose presente em nosso organismo. A glicose está presente nos amidos, no açúcar em outras variedades de alimentos que consumimos diariamente. Quando não há produção de insulina ou ocorre uma produção insuficiente, grande parte da glicose permanece no sangue, conhecida como hiperglicemia.

Causas do Diabetes tipo 1

O Diabetes Tipo 1 se dá por causa de problemas no sistema imunológico do nosso organismo que acaba destruindo as chamadas células beta-pancreáticas que por sua vez são responsáveis por fabricar a insulina. A doença pode surgir por questões genéticas agravadas por alguma infecção viral.

Quando a insulina não é produzida ou é produzida em quantidade insuficiente para o bom funcionamento do corpo a glicose não consegue entrar nas células, se acumula no sangue e causa o Diabetes.

Sintomas do Diabetes tipo 1

No Diabetes tipo 2 os sintomas costumam aparecer de maneira gradativa, diferente do tipo 1 em que os mesmos veem de forma bem rápida tendo como principais sintomas mais frequentes a vontade de urinar, o emagrecimento e a sede em excesso.

O emagrecimento ocorre porque quando as células do nosso organismo não conseguem a quantidade necessária de glicose para produzir a energia de que nosso corpo necessita, o mesmo passa a quebrar gordura e músculos para gerar essa energia. Todo esse desequilíbrio é chamado de cetoacidose diabética química. Veja os sintomas desse quadro:

• Pele com tom avermelhado com temperatura alta e aspecto seco.
• Vômitos e dores abdominais
• Falta de apetite
• Odor forte e muito parecido com odor de fruta na respiração (ácido cetônico)
• Quadros constantes de sonolência ou agitação
• Respiração profunda e acelerada
• Coma ou confusão
• Dificuldade para acordar

Exames para se detectar o Diabetes tipo 1

Geralmente para se detectar essa doença são realizados três tipos de exames: Glicemia de jejum, hemoglobina glicada e curva glicêmica.

Glicemia de jejum:

O exame de glicemia de jejum é utilizado para medir o nível de açúcar na corrente sanguínea naquele exato momento. Serve também como uma espécie de monitoramento do tratamento do diabetes.

Os valores de referência considerados normais para os resultados desse exame são de 65 a 99 miligramas de glicose para cada decilitro de sangue. Isso significa que resultados com valores acima de 100mg/dl indicam que é estritamente necessária uma investigação mais minuciosa solicitando o exame de curva glicêmica. Caso duas glicemias de jejum deem valor acima de 126mg/dl ou um exame der acima de 200mg/dl o diagnóstico de Diabetes Tipo 1 é confirmado.

Hemoblobina glicada ou HbA1c:

É a fração da hemoglobina dentro do glóbulo vermelho que é ligada à glicose. As hemácias vivem em média 90 dias e durante seu tempo de vida a glicose vai se incorporando às hemoglobinas por causa da concentração da mesma no sangue. Caso a taxa de glicose esteja alta no tempo de vida das hemácias a concentração de hemoblobina glicada aumentará. Para ficar mais claro, se a quantidade de hemoblobina glicada estiver alta, isso quer dizer que a pessoa está com hiperglicemia.

Esses são os valores normais de hemoglobina glicada:

Uma pessoa saudável: Entre 4,5% e 5,7%
Pessoas já confirmadas com Diabetes: Abaixo de 7%
Taxa anormal próxima do limite: Entre 5,7% e 6,4%. Com esses números o paciente precisa investigar uma possível pré-diabetes.
Sólido para diabetes: Maior ou igual a 6,5%

Curva glicêmica:

O exame é chamado de curva glicêmica simplificada e serve para medir a velocidade com que o organismo absorve a glicose após sua ingestão. A pessoa que vai fazer o exame precisa estar em jejum e ingere uma quantidade de 75g de glicose e durante duas horas, a cada meia hora é retirado uma quantidade de sangue para medir a quantidade de glicose no mesmo. Após 120 minutos os valores precisam ser:

Estado inicial (em jejum): 100mg/dl
Depois de duas horas (após ingestão de glicose): 140mg/dl
Se a curva glicêmica estiver mais alta que 200mg/dl após duas horas da ingestão de glicose confirma-se o diagnóstico de Diabetes Tipo 1.

Tratamento para o Diabetes tipo 1

A primeira medida a ser tomada quando se descobre portador do Diabetes é trocar hábitos alimentares e de vida. É muito importante que o indivíduo passe a levar uma vida saudável. O controle da glicemia deve ser feito constantemente para evitar que apareçam possíveis complicações da doença.

As atividades físicas devem passar a fazer parte da vida da pessoa diagnosticada, pois sua prática contribuirá para manter os níveis de açúcar devidamente controlados e ajudarão a pessoa a manter o peso equilibrado já que o ganho de peso complica o diabetes. O médico deve avaliar a quantidade de vezes que as atividades podem ser realizadas.

Já adiantando que devem ter preferência os exercícios do tipo leves, pois quando se gasta mais calorias do que se repõe nutrientes após a prática o indivíduo pode iniciar um quadro de hipoglicemia.

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